Prostitutas se associaram em 1906
Faz 37 anos que ninguém é enterrado ali. Mas continua viva a polêmica em torno do cemitério das prostitutas judias, em Inhaúma. Alegando não ter o controle oficial da área, particular e não reivindicada, a diretoria, a mesma do Cemitério Israelita do Caju, vetou a entrada do GLOBO e da historiadora Beatriz Kushnir.
Para Beatriz, diretora do Arquivo da Cidade e autora do livro “Baile de máscaras”, sobre as polacas, “essa parte da história ainda incomoda”:
— Segundo a tradição, prostitutas e suicidas não são enterrados nos cemitérios comuns. As polacas criaram, em 1906, uma associação e compraram o terreno. Dez anos depois, fizeram o primeiro de 800 enterros. Prostitutas, maridos e filhos tinham espaço garantido.A maioria das sepulturas, hoje, está sem inscrições na lápide. Segundo Beatriz, a associação teve Sarah Rachel Pick, mãe do músico Jacob do Bandolim, e Estera Gladkowicer, namorada de Moreira da Silva. Kid Morengueira dizia tê-la conhecido “na casa de amigos”. Foi a ela que ele dedicou o samba “Judia rara”.
Faz 37 anos que ninguém é enterrado ali. Mas continua viva a polêmica em torno do cemitério das prostitutas judias, em Inhaúma. Alegando não ter o controle oficial da área, particular e não reivindicada, a diretoria, a mesma do Cemitério Israelita do Caju, vetou a entrada do GLOBO e da historiadora Beatriz Kushnir.

Para Beatriz, diretora do Arquivo da Cidade e autora do livro “Baile de máscaras”, sobre as polacas, “essa parte da história ainda incomoda”:
— Segundo a tradição, prostitutas e suicidas não são enterrados nos cemitérios comuns. As polacas criaram, em 1906, uma associação e compraram o terreno. Dez anos depois, fizeram o primeiro de 800 enterros. Prostitutas, maridos e filhos tinham espaço garantido.A maioria das sepulturas, hoje, está sem inscrições na lápide. Segundo Beatriz, a associação teve Sarah Rachel Pick, mãe do músico Jacob do Bandolim, e Estera Gladkowicer, namorada de Moreira da Silva. Kid Morengueira dizia tê-la conhecido “na casa de amigos”. Foi a ela que ele dedicou o samba “Judia rara”.
Um comentário:
O meu ídolo do chorinho, Jacob do Bandolin, era um yid!
Surpreendente!
Parabéns pelas suas pesquisas.
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